
No dia 1º de maio, o Instituto Vale Mais dará início à divulgação dos resultados de uma pesquisa inédita sobre a tecelagem tradicional de Berilo, município localizado no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. O estudo tem como objetivo documentar e reconhecer oficialmente essa prática como patrimônio cultural, além de valorizar os saberes e fazeres transmitidos entre gerações.
Com mais de três séculos de história, Berilo se destaca não apenas pelas belezas naturais, mas também por seu rico legado cultural. A tecelagem, presente no cotidiano das comunidades locais, é considerada uma expressão viva de identidade, resistência e criatividade. O projeto de pesquisa busca dar visibilidade a essa arte e ressaltar o valor estético e simbólico das peças produzidas manualmente.
A apresentação pública dos resultados será realizada em três datas e locais distintos, tendo início no dia 1º de maio, na Comunidade Quilombola Roça Grande — reconhecida como um importante polo de preservação da cultura afrodescendente na região.
Um dos marcos do projeto foi a participação de tecelãs de Berilo no São Paulo Fashion Week, onde seus tecidos foram utilizados na criação de roupas e órios. A presença na principal semana de moda do país reforça a relevância da tecelagem local também no cenário nacional.
O projeto foi selecionado pelo edital do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI), iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e visa não apenas o reconhecimento formal da tecelagem como patrimônio imaterial, mas também o fortalecimento das comunidades envolvidas, promovendo ações de preservação e incentivo à continuidade dessa tradição.
Mais informações sobre o cronograma de apresentações e os desdobramentos do projeto serão divulgadas em breve pelo Instituto Vale Mais.